Friday, October 13, 2006

Calça Jeans

Ele tinha acabado de chegar em casa, todo suado. Trabalhou a tarde inteira numa construção, carregando tijolo e telha pra cima e pra baixo. Pegou dois esporros seguidos do patrão. Um por deixar cair 3 telhas, o outro por ter chegado bebado.
Já eram 8 horas da noite quando a sua mulher chegou. Jurou para ela que iria parar de beber, só não disse o horário. Mulher sente cheiro de cachaça a 5 metros de distância.

-Tu não ia parar de beber, Calisto?
-Parei.
-E esse cheiro de cachaça?
-Parei hoje de manhã.
-Tu tinha me jurado há uma semana atrás que ia parar de beber! - gritou ela.
-Calma, pretinha, foi só uma dose!
-Ora porra! Uma dose não é bebida Calisto?
-Depende.
-Depende de nada não rapaz! Tua palavra é o mesmo que nada!
-Onde é que tu tava? - ele percebeu algo de errado, lógicamente.
-O que isso tem a ver rapaz? A conversa aqui é sobre tua bebida! Isso vai te matar meu neguinho...
-Não discunversa mulher, eu não sou besta. Onde diabos tu tava pra chegar moradessa?
-Na casa da Célia, digo, Cecília!
-E Cecília num tava pra Rosário? Ora porra mulher! Tu tava me metendo chifre?
-Que história é essa Calisto? Eu lá sou mulher de trair?
-E pra que tu tá mentindo?

Soltou-lhe um tabefe no meio da face. A mulher caiu no chão feito 60kg de presunto descaido de cima da mesa. Abriu um corte no lábio. Quando ela olhou o sangue, começou a gritar. Calisto nunca havia batido nela, eles eram casados tinha uns 3 anos. Conheceu ela em um puteiro lá em Rosário. No dia da fuga com ela do puteiro, quebrou 2 tacos de sinuca na cabeça do cafetão. Jaime, o nome do negão de 1,80m. Correram de lá, pararam num beco e gozaram juntos 3 vezes. A mulher é muito gostosa.

-TU QUEBROU MEU BEIÇO! TÁ SANGRANDO! - E o sangue escorrendo.
-Vou arrebentar é tua cara se tu não me falar a verdade, sua puta.

Pegou ela pelo cabelo, jogou ela no sofá como se fosse uma dezena de tijolo, tirou o cinto da calça jeans surrada e deu uma pisa nela. Ela berrava mais que uma porca no cio. Lágrima com gosto de sangue na boca, ela pediu até pelo amor de deus para que ele parasse. Socou mais uma vez a cara da gostosa, que caiu inconsciente no sofá.
Foi no bar, tomou meio litro de cana e voltou pro barraco meia-noite. Encontrou Cecília, chorando, chamando o nome da mulher dele e balançando aqueles 56 kilos no chão de carne negra e gostosa.

-O que diabo tu tá fazendo aí, Cecília? Deixa a pretinha dormir!
-TU BATEU NA MINHA AMIGA!
-Ora mas que conversa fiada mulher! Onde é que vocês tavam? Tu não tava em Rosário?
-TU É UM CACHORRO, CALISTO!
-Tira a porra da roupa que eu vou comer o teu cu, sua puta!
-Tu tá louco rapaz? Voltou a beber? Eu vou é chamar a polícia pra te prender, seu marginal!

Calisto pegou a mulher pelo cabelo, arrebentou o cinto de missanga da morena e currou ela até ela desmaiar.

Foi pro bar de novo. Bebeu mais 2 litros de cachaça e voltou pra casa. Duas morenas no chão, dormindo de cu pra lua, não pensou duas vezes e desceu-lhes a vara. As coitadas nem se mexeram, não sabiam mais nem se ainda estavam vivas. Robou dinheiro de Cecília, tinha uns 5 reais no bolsinho da calça jeans.

Foi pro bar e bebeu mais um litro. Eram 3 da manhã. Sentou no sofá e começou a descascar uma laranja. Teve a idéia sórdida de matar as duas pra não ser preso. Tentou acordar a mulher dele com uns tapinhas na face.

-Neguinha, neguinha, acorda!
(nada)
-Puta que pariu mulher! Acorda desgraça!
(nada)
-Se tu não vai acordar por bem, vai acordar por mal, desgranhenta.

Bateu com a cabeça da mulher dele no chão dilacerando o nariz e os dentes da pobre. Morta. Não quis nem saber se Cecília tava viva. Chegou imendando um bicudo na cabeça da ordinária, que não soltou um pío. Um barulho seco se espalhou pela sala. Tava morta também.
Pegou a televisão, foi pro bar, trocou por 3 litros de cachaça e mais 50 reais. Deu 8 da manhã e tava em Rosário, bebendo cachaça no puteiro de Jaime.

Tuesday, October 10, 2006

Tomando parte

Parte 1

Começo o mundo com uma rasteira. Tem perna? Não.
Sabe voar? Também não.

Vou escrever o que me contaram.
Tinha dois pokemons sentados numa calçada, olhando um rapaz que passara na rua. O tal do rapaz, já apelidado por elas de "sergipe", clamou por ajuda quando um ônibus decepou a perna do coitado. E agora? As meninas o ajudarão? Quem que sabe?